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Cinco passos fundamentais para colocar uma empresa no caminho da inovação

Inovação deixou de ser um diferencial para se tornar uma questão de sobrevivência num mundo tão volátil, incerto, complexo e ambíguo quanto o que vivemos. Contudo, muitas empresas ainda veem o tema como algo utópico e completamente distante da sua

Inovação deixou de ser um diferencial para se tornar uma questão de sobrevivência num mundo tão volátil, incerto, complexo e ambíguo quanto o que vivemos. Contudo, muitas empresas ainda veem o tema como algo utópico e completamente distante da sua realidade. Um erro crucial que pode custar a existência da empresa num futuro não tão distante.

A fim de desmitificar o assunto, selecionei algumas dicas fundamentais para quem deseja começar a transformar o seu negócio a partir da ótica da inovação. Embora não seja nenhum bicho de sete cabeças, também não temos nenhuma receita de bolo. A transformação é íntima e particular para cada segmento, porte ou mesmo cultura empresarial. Criar um ambiente fértil, onde a inovação floresça a cada processo, e a empresa se torne tão fluida quanto o mercado, é o passo mais importante a se dar.

1º – Olhe para as pessoas: As pessoas, sejam clientes, colaboradores ou fornecedores, estão no centro das transformações. São elas que estão mudando comportamentos e fazendo novas exigências. Portanto, é para elas que as empresas precisam olhar. Elas são as grandes protagonistas da inovação. As empresas precisam aprender a criar canais para ouvi-las de forma profunda e empática, buscando antever suas necessidades e desejos. É preciso convidar o cliente, o fornecedor, o parceiro, para o processo de pesquisa e desenvolvimento. Grandes insights surgem a partir do momento que damos voz e vez a quem é a grande razão de ser uma empresa.

2ª – Produtos bons não bastam: Qualidade não é mais um diferencial e sim uma obrigação. Num mundo de poucas barreiras, o concorrente mais novo e simples pode quebrar sua “fórmula secreta” e, do dia para a noite, ser igual, ou até melhor, que você. É preciso se utilizar de uma melhoria constante, e essa só é possível quando se tem ferramentas de gestão que incentivam a inovação através de cada processo e colaborador. Os produtos são frutos das mentes que os pensam, e quanto mais livres e direcionadas à inovação elas forem, melhores eles serão. Vivemos um espiral de inovações. Quando o seu concorrente conseguir te copiar, você já precisa ter algo melhor.

3º – Invista na gestão da inovação: A maioria das empresas acha que inovar é adotar novas tecnologias. Falo de maquinário novo, equipamentos mais avançados, softwares inteligentes. A famosa Indústria 4.0. Porém, antes de sair comprando um monte de equipamentos novos é necessário uma gestão focada em dar o “norte” a empresa, uma verdadeira gestão da inovação. Muitas vezes, todos esses aparatos acabam sendo inutilizados ou subaproveitados por falta de capacitação humana para operá-los, ou direcionamento adequado. Não adianta ter várias tecnologias, mas não ter uma gestão que te diga o que fazer com elas, onde elas são mais necessárias, e se são mesmo a melhor alternativa. A aplicação de uma gestão de inovação é indispensável. Assim, a empresa sabe onde investir seus recursos. Se isso for feito de qualquer jeito, só se angaria dívidas. É preciso se perguntar “o que eu ganho com a mudança de equipamentos?”. Não adianta trocar por trocar, para dizer que tem maquinário de ponta, ou que está na Indústria 4.0. Toda gestão tem que ser prensada na saúde financeira da empresa. Às vezes a troca nem é necessária, ou há opções mais baratas. Esse investimento só vale se for realmente trazer mais dinheiro e melhorar a empresa. Se não, é custo e não investimento.

4ª – Valorize o erro: Fomos ensinados que o erro é ruim e deve ser punido. No entanto, grandes inovações surgem a partir de erros. O erro faz parte do processo de maturação de um produto, serviço ou negócio. Precisamos aprender com eles em vez de jogá-los embaixo do tapete e/ou castigar o “culpado”. As empresas mais inovadoras do mundo falam em errar rápido para aprender e acertar mais rápido. Prega-se o erro de baixo risco, que estimula a experimentação, o teste e a aprendizagem. O mindset dos gestores antigos é o da perfeição na primeira tentativa. Isso dava pouco espaço para inovação. Hoje entendemos que para inovar é preciso errar. Dizemos que estamos em constante estado de beta, onde tudo pode ser alterado de forma ágil. Algumas alterações serão boas, outras nem tanto. Mas, está tudo bem. As ruins sempre deixarão lições importantes, desde que estejamos abertos a elas.

5ª – Abra a mente: Inovação é, acima de tudo, uma questão de mentalidade. Não adianta dirigir uma empresa, tentar levá-la para a frente, olhando apenas para o retrovisor. O gestor precisa ter os olhos voltados ao futuro, tentando antever cenários. Se livrar de crenças limitantes e conceitos pré-estabelecidos é o passo mais fundamental que um gestor deve dar no caminho da inovação. É preciso mudar o modelo de gestão de cima para baixo, num movimento top-down. Dessa forma, quando todos estiverem alinhados, na mesma página, a empresa será capaz de inovar e aproveitar o mar de oportunidades que o amanhã nos reserva. Ela estará, enfim, nos trilhos da inovação.

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