Os ciberataques geram prejuízos para organizações de diversos tamanhos, e no Brasil não é diferente. Um levantamento da empresa de segurança Symentec mostrou que, em 2017, as perdas chegaram a US$ 22 bilhões.
Das grandes às pequenas, os dados são os principais ativos das empresas, e quando eles não estão devidamente protegidos, a web se torna um ambiente inseguro para trafegar.
Por isso, a mudança que o Google Chrome fez agora em julho chama a atenção dos empresários de PMEs que possuem sites ou comercializam pela internet.
Na nova versão do Chrome 68, os sites que não migraram para o HTTPs serão marcados como “não seguros” na barra de endereço que fica no topo da página.
Como 60% do tráfego da internet passa pelo navegador do Google, a segurança precisará ser vista como prioridade pelos donos de sites, sejam pessoas físicas ou jurídicas.
SOLUÇÃO
Resolver o problema é uma questão tão simples quanto adquirir um certificado SSL (que significa Protocolo de Camada de Segurança, em português) de um fornecedor confiável.
Com um certificado SSL a transmissão de dados dos clientes no site fica protegida. O motivo é que ao criptografar as informações recebidas ou enviadas, a exposição de dados, como as informações sobre os negócios e os clientes, é evitada.
Além de proteger os sites, o SSL também melhora o tempo de carregamento da página na web e permite que o canal apareça nas pesquisas do Google.
Mas, é importante alertar que para que a proteção de uma página seja completa, a segurança vai além da aquisição de um Certificado SSL.
Há outras ferramentas adicionais de criptografia, proteção à malwares e back-ups, e serviços de proteção de websites, que juntas podem proteger totalmente as páginas, e os dados destas, contra ataques direcionados, evitando prejuízos financeiros e de reputação na marca das empresas, que o ciberataque pode impactar.
MUDANÇA DE MENTALIDADE
O empreendedor na era digital precisa analisar o quanto a segurança pode afetar os seus negócios, e essa mentalidade pode mudar a partir da educação em cibersegurança.
Entendendo o que cada ferramenta faz para proteger os seus negócios no ambiente virtual, e priorizar esse investimento pode ser um bom começo. Afinal, uma pesquisa pela National Cyber Security Alliance mostra que, mundialmente, 60% das pequenas empresas não sobrevivem nem por seis meses após o primeiro ciberataque e que metade dessas organizações já foram vítimas de algum tipo de crime virtual.
No Brasil, essa realidade não é diferente. Somente ano passado, o País ficou como o segundo que mais perdeu dinheiro com crimes virtuais, atrás somente da China, segundo a Symantec.
Segundo um levantamento da Allianz Global Corporate & Specialty (AGCS), resseguradora da Allianz, mostrou que 38% das empresas brasileiras têm mais receio de crimes virtuais do que dos riscos naturais que as empresas sofrem, como mudanças no mercado, perda da reputação e até mesmo a interrupção nos negócios.
E não para por aí. Se a realidade não mudar e investimentos não forem feitos para proteger todas as camadas de segurança das empresas, a consultoria norte-americana de gestão de riscos, Kroll, afirma que o prejuízo global da violação de dados pode chegar a US$ 2 trilhões em 2020.
Para não fazer parte dessa realidade no futuro, as empresas brasileiras de pequeno porte, principalmente as que lidam com sistemas de pagamentos online pelo seu canal digital, devem priorizar a segurança virtual, e se adaptar às recentes mudanças, como a do Google, para evitar a exposição de dados, e até mesmo prejuízos financeiros.