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4 modismos da língua portuguesa que é melhor evitar

Pessoa escrevendo: professor de português aponta "modas" da língua que é melhor deixar de fora dos textos

Descriminalizar ou descriminar? Saiba que descriminalizar é um puro neologismo, invenção, que vem se tornando moda. Prefira a forma “descriminar”, que significa “deixar de ser crime”. Vejamos um exemplo:

“No conhecido Enem, já houve a discussão sobre a descriminação do uso da maconha.”

Vale também lembrar que a palavra “discriminar” significa “diferenciar, distinguir, discernir”:

“Era quase impossível discriminar os caracteres no velho manuscrito.”

Ainda sobre termos da “moda”, destaco o verbo “disponibilizar”, já até dicionarizado. A quem não gosta do termo, basta o uso de “disponível, disponíveis”:

“As verbas já estão disponíveis.”

Mais um verbo para a lista: “elencar”. É um modismo puro, o qual procuro evitar, já que existem “enumerar” ou “listar”.

Dentre os mais recentes modismos que venho observando, um é extravagante, bizarro, horrível – o uso de “enquanto” no sentido de “na função de” ou “sob o aspecto de”:

“Ele, enquanto presidente-interino, deve assumir todos os riscos da Economia.”

A palavra “enquanto” indica tempo simultâneo e exige correlação de tempo verbal. Vamos a um caso coerente:

“A inflação cresceu enquanto a renda dos assalariados caiu.”
(relação pretérito-pretérito)

Sendo assim, evite a falta de correlação dos tempos verbais:

“Enquanto o presidente fala, as pessoas contestaram a proposta.
(relação presente-pretérito)

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