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Começando a empreender: os primeiros passos para quem quer chegar lá

Começar parece ser sempre o passo mais difícil, mas para quem sabe por onde está indo, tudo fica mais simples.

Aqui, no Portal Endeavor, você encontra conteúdo sobre as mais diversas etapas de um empreendimento. Abertura de empresas, formação de equipes, caminhos para o crescimento, formas de financiamento, e por aí vai. Agora, vamos abordar o que rola na estaca zero. Naquele momento anterior ao Day One, à decisão de abrir um negócio – o precioso instante em que você teve o click e percebeu que o lance é trilhar seu próprio caminho, ainda que sem saber direito rumo a qual destino.

De uma forma ou de outra, todo empreendedor passa por isso. Existem aqueles que já querem sair correndo, é fato; e existem os que preferem ir aos poucos, engatinhando, depois andando, para só então acelerar. Mas não tem jeito. Tropeçar e topar o dedinho na quina do móvel são inevitáveis; as dores também.

Ainda bem que tem muita gente disposta a compartilhar os aprendizados desse momento tão importante. E já estava na hora da gente compartilhar alguns deles com você.

  • Os tombos do fundador da Iugu

Quando começou a enveredar pelo empreendedorismo, Patrick Negri nem se deu conta do que fazia. Foi por acaso. Ele ainda era bem jovem quando desenvolveu um mecanismo de buscas que acabou fazendo sucesso – e que, por isso, trouxe várias lições para o futuro fundador da startup Iugu, uma plataforma online de pagamentos.

Pois é. Persistência é a tônica. Começar a empreender implica erro e acerto, cair e levantar – só o Patrick aí de cima se reergueu oito vezes. Por isso, é fundamental que você acredite muito naquilo que está prestes a iniciar.

Tem um pouco a ver com o tal do propósito. Com aquela força interior que é presidida por uma vontade inabalável de realizar algo, que movimenta a gente em uma certa direção e que faz com que continuemos, não importa o que aconteça. Aqui neste artigo você encontra uma reflexão mais aprofundada sobre o assunto.

  • Um ato de coragem

É preciso insistir nessa direção – e não somos só nós que estamos dizendo. Tatiana Pezoa, empreendedora daplataforma de opiniões para e-commerce Trustvox, engrossa o coro. Neste vídeo, ela conta um pouco da própria trajetória e de como chegou à terceira startup.

“O que me fez continuar foi o fato de nunca perder a esperança de fazer algo legal. Sempre quis impactar positivamente a vida das pessoas, fazer alguma coisa que as ajudasse”.

Tatiana também compartilha outro aprendizado importante de sua caminhada: aquele que veio com os erros. A empreendedora tem consciência de haver se precipitado. Afirma que alguns passos foram dados “fora do tempo”.

Por isso, hoje ela sabe que a inovação pela inovação, sem uma conexão real com um contexto de mercado, está fadada a fracassar. Pode valer para um momento futuro, mas não para o presente. Ou seja, ela aprendeu a valorizar a famosa combinação “cabeça nas nuvens e pés no chão”.

  • Às vezes, a caminhada vira escalada

Marcelo Furtado, da empresa de gestão de RH Convenia, vai além. Neste vídeo, ele explica os motivos pelos quais associa o ato de empreender ao de escalar uma montanha:

“VOCÊ VAI TER DIFICULDADES, VAI SENTIR FRIO, VAI SER ÍNGREME, VOCÊ VAI FICAR SEM COMIDA, A MOCHILA VAI PESAR…”

Assim como os empreendedores dos outros vídeos, Furtado está falando de como começou sua própria startup e da relação com os outros sócios-fundadores. Ele enfatiza o risco da escalada – às vezes, a montanha sequer existe, já que o produto criado pode não ser validado.

Por isso, aponta para a importância de que o grupo assuma esse risco. “Todos precisam estar alinhados ao propósito, ou haverá um conflito de interesses”, afirma. E completa: “você só vai sair da dificuldade se estiver completamente envolvido com o risco”.

Ele sabe o que fala. Hoje liderando 18 funcionários, tem sido bem-sucedido na escalada da Convenia. Mas as dificuldades também cresceram. Na verdade, mudaram de patamar. “Na prática de empreender, você vai minimizar erros o tempo todo”, conta. E também sublinha a importância de se ter um propósito, de se curtir o produto oferecido. É preciso fugir da tentação de empreender só para “ganhar dinheiro”, ou a desmotivação virá e será devastadora.

  • Alguns tropeços podem ser fatais

Cair e levantar faz parte de qualquer fase do empreendedorismo. No entanto, é preciso tomar cuidado: certas quedas podem acabar com o negócio quando ele está no início.

Daniel Ibri, da Acelera Partners, fala neste vídeo sobre alguns fatores letais para um empreendedor que está só começando. “Pensar demais e executar de menos” é o pior deles.

“São muitas ideias brilhantes, planos de negócios enormes, PPTs e Words e Excéis e simulações… e ninguém fez nada no mercado”.

Para ele, tem que colocar produto na rua. Tem que desenvolver um MVP – Minimum Viable Product, ou Produto Minimamente Viável –, uma espécie de teste que permite que você tenha uma primeira ideia sobre a viabilidade de um projeto. Neste artigo você conhece mais sobre isso.

É preciso pesquisar, descobrir se as pessoas querem um certo produtos e se pagariam por ele. Só então deve-se ir em busca de financiamento. Ibri é enfático ao afirmar que um empreendedor “não pode pedir dinheiro sem ter nada testado”. É essa comprovação que vai dar segurança não só para os investidores, mas para que o empreendedor siga na caminhada.

Enfim, o importante, como mostram os exemplos desses e de tantos outros empreendedores, é manter o foco, ser resiliente e acreditar no que se faz. É levantar cem vezes, quando se cai noventa e nove. Porque só assim você vai criar a musculatura para seguir adiante e chegar lá.

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