Muitos líderes se preocupam em desenvolver habilidades gerenciais “hard” como gestão de projetos, análise financeira, visão de mercado ou fluência em idiomas como se estas fossem as principais competências de um líder. Priorizam a participação em um programa de MBA dentro ou fora do país com o objetivo de se tornarem tecnicamente capazes de enfrentar o mercado. De verdade há alguma sabedoria nisto, pois a meritocracia é uma realidade crescente, principalmente em países em desenvolvimento.Investir um uma formação robusta é muito importante, mas, não se deve prescindir nem negligenciar outros fatores, como o equilíbrio e a maturidade emocional que funcionam como um verdadeiro colchão de proteção para as inúmeras quedas que acontecem dentro das empresas.
A trama política das corporações, a arquitetura hierárquica, a comunicação organizacional formal e informal, o modelo de gestão cada vez mais matricial, a presença da diversidade de gerações, gênero, sexo, percepções e interesses formam um conjunto bastante complexo e poderoso.
A frase do Peter Drucker ainda continua sendo muito poderosa: “As pessoas são contratadas pelas suas habilidades técnicas, mas são demitidas pelos seus comportamentos”.
Importante lembrar que temos participação ativa no universo nos mínimos detalhes e para cada ação há uma reação correspondente. Há uma variedade de comportamentos que colocam o líder em evidência, para bem ou para o mal: a visão de futuro que inspira aos outros, o exemplo de compromisso que demonstra em pequenas ações, a forma transparente de se comunicar com as pessoas, a capacidade de perdoar e si perdoar, na ênfase que dá aos erros alheios, na capacidade de negociar e abrir mão de seus próprios interesses, de agir com resiliência e sabedoria para entender que as ondas das organizações são e sempre serão constantes, cíclicas e algumas vezes disruptivas.
As armadilhas podem ser visíveis ou invisíveis, estar consciente ou inconsciente. O fato é que elas existem e sem humildade, todas as qualidades se tornam armadilhas do ego.